Sexta-feira, 4 de Dezembro de 1998
Querido Diário,
Hoje vi-me aflita para convencer a mamã a deixar-me ir à discoteca "Kappella". Tinha combinado com o Jó-Jó lá à porta porque a mamã não podia vê-lo, nem sequer desconfiar que ele existia.
Claro que assim que perguntei se podia sair veio o interrogatório do custume: "Com quem vais?"; "Onde vais?"; "A que horas vens?". E como já é habitual nem sequer me deu hipotese de responder: "Quero-te em casa ás onze horas. Se queres dinheiro pede ao teu pai!". É obvio que o papá não me ia dar nem um tostão e ela sabia.
Quando já estava com um pé fora de casa mandou-me parar e fez de novo o interrogatório. A sorte é que já tinha combinado com a Teresa e a Ritinha de dizermos que iamos ao cinema as três, porque elas iam sair com os namorados. Pois não me deixou sair de casa sem antes ligar para as mães delas...
Só que a noite não acabou aqui... Depois deste trabalhão todo para sair de casa, fiquei duas horas à porta da "Kappella" à espera daquele miserável, aquele crápula, insensivel, estupido, camelo, otário e podia continuar a noite toda a insultá-lo, mas seria perder o meu tempo.
Nem sequer foi capaz de me avisar aquele urso... Segunda quando o vir na escola acho que...
Depois conto-te
A.S.
1 comentário:
Ena voltámos em grande!!
Bjs
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